ÊXTASE
E nos dias de sufocantes calores
quero beber dos cativos orifícios acuosos
que recobrem tua pele.
Refrescar meus beiços nas suaves geografias
dos espaços húmidos que percorrem
teu corpo
e deter-me para morder os frutos
que me ofereces após madurecerem
ao sol da tua quentura.
Perder-me entre a doçura aceda do teu sexo
deixando esbarar a lingua
no penis-ínsula emergida entre as cavidades
que começam a encher-se de correntes líquidas
remegidas pelos movementos
e tremores intensos, quase violentos
que arrastam substâncias viscosas
deslocando-se pelos condutos internos
Mas antes de fluirem ao exterior
ainda ham peneirar as grutas esbaradiças
da minha geografia continental
até desembocarem nos mares efémeros
da nossa incontinência coital
Porém estoura tudo este universo
explodindo estímulos ocultos
A catarse que transgrede
a intimidade desbocada coma gêiseres
que a temperaturas elevadas
esparegem fontes, agora de prazer
sublimes desvarios carnais
indispensáveis no apogeu máximo
da luta entre superfícies
extremadamente susceptíveis à fricçom.
Estremecem-se assim nossos corpos
com espasmos e delírios até o summum
mentres os graus da calor ascendem
já deu chegado o momento culme
onde acedes ao umbral do ÊXTASE.
BELÉM GRANDAL
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