Páginas

domingo, 11 de julho de 2010















A MORTE

Companheira inseparável no devir da existência

presença espectral agochando o inefável rosto

burato preto que nos engole com força centrípeta

pela que somos arrastadas com total veemência.


Às vezes quase posso sentir teus passos bem perto

e junto a mim um rasto de lamentos e angúrias

e os coraçons afligidos a baterem entre saloucos

mentres lá vai o futuro com um destino incerto.


Quando o jinete do apocalipse ergue sua fouçanha

a morte emerge do abismo para arrincar consciências

é o fim do caminho por desígnio deste fado maldito

fica só em nós o desacougo pela sua sinestra manha.


Mundo das ignotas tebras e dos ocasos eternos

que nos abrange de súpeto sem qualquer remédio

imposto pelo acaso dum acontecer que dita o rumo

dirigindo a nave misteriosa dos factos sempiternos.


Nom há qualquer possibilidade de impedir o avanço

pois cabalga a galope veloz até os confins do mundo

do norte, leste e oeste, ao sur que é o lugar predilecto

alimentando-se da miséria e fame com gosto ranço.


Palavra à que deves mostrar respeito e pôr distância

inevitável ainda que quereriamos adiar sua chegada

mentres interpretamos um papel neste imenso teatro

A Morte é coma o telom que cai com tuda arrogância.


Alguns querem mostrar que a todas trai a igualdade

mas que mortes fermosas entre dosseis, sedas e ouros!

outros morrem esquecidos e usurpada sua esperança

embora, que melhor morte quando for em liberdade!

BELÉM GRANDAL PAÇOS

Sem comentários:

Enviar um comentário